quinta-feira, 24 de julho de 2008

Laticínios x Osteoporose

Feskanich, Willett e Colditz (2003), notaram que ensaios curtos de suplementação de cálcio mostraram redução da perda da densidade óssea na mulher pós-menopausa, enquanto que estudos observacionais longos geralmente não encontraram uma diminuição do risco de fraturas de quadril com aumento do cálcio dietético. Poucos estudos focalizam na vitamina D na prevenção da osteoporose ou fraturas pós-menopáusicas. Por isso, foi feita uma pesquisa prospectiva relacionando risco de fratura de quadril em mulheres pós-menopáusicas e cálcio, vitamina D e consumo de leite. Realizou-se uma análise prospectiva (18 anos) de 72.337 mulheres pós-menopáusicas, pertencentes The Nurses’ Health Study (NHS), avaliando a ingestão dietética (questionário semi-quantitativo de freqüência) e suplementos nutricionais. As informações basearam-se em dados de 1980 e atualizados nos diferentes períodos durante o seguimento do estudo. Identificou-se 603 incidentes de fraturas de quadril resultando em um trauma de baixo a moderado. Os riscos relativos para fraturas foram controlados com fatores dietéticos e com fatores não-dietéticos. Os resultados demonstraram que mulheres consumindo quantidade maior ou igual a 12,5µg de vitamina D por dia de alimentos suplementados tiveram 37% menor risco de fratura do que mulheres consumindo menos de 3,5. O total de ingestão de cálcio não está associado com risco de fratura (≥1200 comparado com < 600mg/d). Além disso, o consumo de leite não está associado com diminuição do risco de fratura de quadril. Concluí-se que uma ingestão adequada de vitamina D está associado com diminuição do risco de fraturas osteoporóticas de quadril em mulheres pós-menopáusicas. E que nem o leite, nem tão pouco o alto cálcio dietético parecem reduzir o risco de fraturas.Este estudo pode explicar o porquê dos maiores índices de fraturas ósseas são os dos paises onde há grande consumo de laticínios, e o motivo de grandes estudos de projeção não mostrarem o risco menor de fraturas entre aqueles que consomem grandes quantidades de laticínios. O cálcio é um nutriente essencial, mas é provável que as quantidades necessárias à saúde dos ossos tenham sido exageradas. É necessário fazer mais pesquisas para determinar os efeitos dos lacticínios sobre a saúde. Mas, no momento, parece imprudente recomendar o alto consumo. É preciso fazer mais pesquisas para examinar o papel dos laticínios, os efeitos de determinadas frutas, legumes e verduras sobre a saúde, os riscos e benefícios dos suplementos vitamínicos e os efeitos de longo prazo da alimentação na infância e nos primeiros anos da vida adulta (WILLETT; STAMPFER, 2003).

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pó da Casca do Ovo

A população de baixa renda possui maior dificuldade de acesso a alimentos fontes de cálcio, sendo assim, instituições não governamentais tem estimulado o consumo do pó da casca de ovo como fonte de cálcio de baixo custo (NAVES, et al., 2007).
Experimentos in vivo têm demonstrado que o cálcio do pó da casca de ovo é tão biodisponível quanto o cálcio usado como padrão, afinal, ele é formado por carbonato de cálcio que representa 40% do produto em forma de pó (NAVES, 2003; NAVES, et al., 2007).
NAVES et al. (2007), fortificou dez preparações habituais com pó da casca do ovo (37,4% de cálcio) na proporção de 1g do pó para cada 100g da farinha ou cereal usados nas preparações e observou que as preparações apresentaram teores de cálcio entre 111,5mg e 506,4mg . 100g-1. Concluí-se então que as porções médias das preparações fortificadas com o pó da casca de ovo atingem 14 a 32% das referências nutricionais de cálcio para adultos (1000mg/d).
As vantagens do uso do pó da casca do ovo na fortificação de alimentos são: aspecto econômico, fonte de cálcio de alto valor nutritivo, fácil preparo, alta concentração de carbonato de cálcio e além de outras vantagens nutricionais (NAVES, 2003; NAVES, et al., 2007). Afinal, o cálcio proveniente do pó da casca do ovo, não possui altas concentrações de sódio e proteínas, como acontece nos queijos. E no caso de adolescentes e idosos seriam necessárias pelo menos cinco porções diárias de leite e derivados para se atingir a Ingestão Adequada (AI) de cálcio, o que provocaria um desequilíbrio de macronutrientes, em razão ingestão excessiva de proteínas. Com o uso da fortificação com o pó da casca do ovo poderia atingir estas necessidades com duas porções de leite ou derivados e mais duas porções de preparações fortificadas com pó da casca do ovo, não comprometendo assim a qualidade nutricional da dieta (NAVES, et al., 2007).
Preparo do pó:
1) Lavar em água corrente;
2) Imersão em solução de hipoclorito de sódio por 10 minutos;
3) Fervura durante 10 minutos;
4) Secar as cascas em forno 2 horas;
5) Trituradar em liquidificador;
6) Peneirar através de um pano fino, obtendo-se o pó da casca de ovo.

domingo, 2 de março de 2008

Misturinha SoyBean®

. 1 copo de fubá de milho
. 1 copo de gergelim
. 1 copo de linhaça
. 1 copo de aveia
. 2 copos de SoyBean® Cappuccino
. 1 copo de SoyBean® com linhaça
. 1 colher de sopa de levedo de cerveja
. 30 castanhas do Pará

Coloque todos os ingredientes em pó dentro de uma vasilha plástica não transparente. Os outros produtos, coloque-os no liquidificador e bata por dois minutos. Finalmente, misture bem todos os componentes. Guardar fora da geladeira.
Pode ser usado como um alimento a partir dos 6 meses de idade. Por fornecer fibras, gorduras insaturadas, proteínas, facilitam o desenvolvimento muscular, ósseo e cerebral em todas as faixas etárias.
Usar uma colher de sopa duas vezes ao dia, em maiores de 10 anos; metade da dose se entre cinco e 10 anos; ou uma colher de chá se menor de 5 anos; ou a critério do profissional de saúde; adicionado ao leite, iogurte, coalhadas, sopinhas, etc.